A halitose (mau hálito) é uma condição que tem um impacto negativo grande na interação social e qualidade de vida de quem a tem e das pessoas que lhe são próximas.
Tem uma prevalência muito elevada na sociedade, inclusivamente na população infantil, bebés, crianças e adolescentes.
A halitose não deve ser confundida com o mau hálito matinal. Este ocorre devido à diminuição da salivação durante a noite, enquanto as bactérias presentes na cavidade oral provocam o aumento de gases com odor desagradável, principalmente quando se consomem alimentos como leite e derivados, alho, cebola, próximos da hora de dormir. Além disso, devido ao jejum noturno, o mau hálito matinal também é provocado pelo estômago vazio. Neste caso, depois do pequeno almoço e de fazer uma correta higiene oral o mau hálito desaparece.
Já a halitose verdadeira tem várias origens e na maior parte das vezes tem causa oral, como presença de placa bacteriana devido a uma incorreta higiene oral, doença periodontal, a não utilização de fio dentário, presenças de cáries, lesões orais.
No entanto, também pode ser um sinal de alerta para outros problemas: alterações do sistema respiratório, como inflamação das vias aéreas, sinusite, rinite, aumento dos adenoides, respiração oral; problemas gastrointestinais (refluxo gastroesofágico), ou diabetes.
Não menos comum, algumas vezes as crianças podem colocar alguma coisa pequena no nariz, que acaba por se decompor e provocar um odor fétido.
O primeiro passo a dar é procurar o seu dentista, pois a maior parte das causas da halitose são dentárias. E existem vários métodos e exames complementares de diagnóstico para despistar a origem da halitose. Se a causa não for dentária, a criança será encaminhada para outra especialidade, otorrino ou pediatra.
O importante é não ignorar estes sintomas, procurar qual a causa, pois a halitose é um sinal de que alguma coisa não está bem no corpo da criança.