Branqueamento dentário

As coroas dos dentes são constituídas por uma camada interna chamada dentina e uma camada externa, o esmalte.

A cor do dente, ou coloração intrínseca, é determinada pela reflexão da luz no esmalte conjugada com a cor da dentina.

As causas de escurecimento dos dentes são várias e podem provocar alterações superficiais (extrínsecas) ou internas (intrínsecas):

• Tabaco;
• Café, chá ou vinho tinto;
• Alimentos como amoras e cerejas, condimentos como caril, etc.;
• Processo de envelhecimento (idade). Com o passar dos anos, a dentina vai escurecendo e o esmalte vai-se desgastando e torna-se mais fino, transparecendo a cor da dentina;
• Traumatismo.

As manchas extrínsecas são facilmente removidas com uma destartarização efetuada no consultório dentário.

Podem ser evitadas com uma boa técnica de escovagem, e evitando os alimentos por elas responsáveis.

A coloração intrínseca só poderá ser alterada recorrendo a um branqueamento dentário, em ambulatório ou no consultório.

Existem dois tipos de branqueamento.

Em ambulatório, realizado em casa pelo paciente, utilizando moldeiras e um gel fornecido pelo dentista. O gel será usado por um período de 2 a 3 horas diárias, durante duas semanas, podendo ser ajustável consoante o paciente e os objetivos do tratamento.

No consultório, efetuado pelo médico dentista, com a duração de aproximadamente 60 min.

É colocada uma proteção nas gengivas e o gel nos dentes é ativado por uma luz que permite acelerar a reação química do gel, tornando o branqueamento mais rápido.

É aconselhável fazer um reforço em casa com gel e moldeiras durante cerca de 15 dias, para melhorar os resultados obtidos.

A duração varia e é influenciada pelos cuidados de higiene oral diária, hábitos alimentares, consumo de tabaco, etc.

Em alguns casos a cor mantém-se durante alguns anos, noutros é necessário um reforço anual.

Antes de fazer um branqueamento dentário é necessária uma consulta com um médico dentista que avaliará a existência de cáries, hipersensibilidade dentária ou doença periodontal não controlada.

O branqueamento dentário está também contraindicado em mulheres grávidas ou a amamentar, crianças ou pessoas em tratamento de doenças graves ou imunidade reduzida.

Pacientes com facetas, coroas ou restaurações de dentes anteriores devem advertidos para a necessidade de substituição das mesmas após o branqueamento, uma vez que só os dentes naturais são susceptíveis ao branqueamento.

O branqueamento não danifica os dentes.

Os efeitos secundários estão relacionados com a concentração dos produtos, a forma como são aplicados e as condições específicas de cada paciente. Os mais frequentes são a sensibilidade dentária e algum desconforto gengival que usualmente desaparece com a interrupção do tratamento.

Para ser seguro deve ser efetuado exclusivamente por dentistas, uma vez que nem todos os casos têm indicação para o fazer, e deve sempre ser precedido de um controlo radiográfico para despiste de cáries.

Durante o tratamento deve evitar tudo o que possa manchar os dentes, como é o caso de alimentos e bebidas que contenham uma elevada concentração de pigmentos ( chá, café, vinho tinto, condimentos como caril, etc) e tabaco.  

No caso de branqueamento em casa com moldeiras e gel fornecidos pelo dentista, não colocar produto em excesso para não agredir as gengivas.

Em caso de hipersensibilidade dentária deve interromper o tratamento por um ou dois dias.

Quando um dente está desvitalizado recorre-se a um branqueamento interno, aplicando o gel de branqueamento no interior do dente, através de uma pequena cavidade de acesso.